segunda-feira, 6 de abril de 2015

Todos os que estão mortos

Quando um homem conhece outro homem
Procura-o
Não se esconde.

Não espera 
Por mais uma noite 
Com a mulher
Nem quer voltar a deitar as crianças.

Veste uma camisa lavada e um fato escuro
E vai ao barbeiro
Deixar que outro homem o barbeie.

Ele fecha os olhos,
Lembra-se de quando era um rapaz
Deitado nu numa rocha à beira da água.

Depois pede a loção especial.
Os velhos aproximam-se da cadeira
E o barbeiro deita um pouco
Em cada uma das mãos.

Frank Stanford, versão minha.